Pesquisa sueca aponta que, aos 6 meses, bebês já percebem quando um adulto imita suas ações e simpatizam mais com esses indivíduos
A pesquisa, publicada em maio na revista científica PLOS One, foi realizada com visitas domiciliares. Nos experimentos, uma pesquisadora brincou com bebês de 6 meses de quatro maneiras diferentes:
1) imitou tudo o que os pequenos fizeram de forma espelhada;
2) de forma como se fosse um espelho reverso;
3) copiou as ações corporais dos bebês enquanto mantinha o rosto imóvel; 4) respondeu com uma ação diferente da da criança.
Esse último método é chamado de resposta contingente, e é como a maioria dos pais responderia aos seus filhos.
Os estudiosos perceberam que os bebês sorriam por mais tempo e tentavam abordar o adulto com mais frequência durante o espelhamento de suas ações. "A imitação de bebês parece ser uma maneira eficaz de despertar o interesse e o vínculo com eles", diz Gabriela-Alina Sauciuc, pesquisadora da Universidade de Lund e principal autora do estudo, em nota.
Outra percepção dos estudiosos é que, se o bebê batesse na mesa e a pesquisadora o imitasse, o bebê batia na mesa várias vezes, mesmo quando a pessoa não demonstrava nenhuma emoção durante a imitação.
Os cientistas especulam que, a partir da imitação, os bebês aprendem sobre normas culturais e rotinas interacionais, e ainda que ações compartilhadas são acompanhadas por sentimentos e intenções compartilhadas. Mas ainda não há evidências concretas para essas teorias. "Ainda precisamos descobrir quando exatamente a imitação começa a ter esses efeitos, e que papel o reconhecimento de imitação realmente desempenha para os bebês ", conclui Sauciuc.
Veja a seguir um vídeo (fofíssimo) do estudo:
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