O bebê encontra maneiras para comunicar-se antes de começar a falar. Por isso, é importante que pais e cuidadores saibam como estimular o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
A primeira forma de comunicação da criança é o choro. Assim, eles explicam o que sentem e que algo está incomodando. Mas, com o tempo, os pequenos também desenvolvem outras formas de indicar o que querem e se fazer entender. Faz parte do papel dos pais e dos cuidadores estimular o desenvolvimento da linguagem e da comunicação no bebê:
“O bebê desde seu nascimento comunica suas necessidades e inicia as interações com o outro, seus primeiros parceiros na comunicação. Usa de olhares, sons, balbucios, ir em direção, chorar, empurrar, entre outros para se fazer entender”, conta a fonoaudióloga Ana Carolina Battezini.
As relações entre os receptores e o bebê também ajudam nesse desenvolvimento. Ele começa a perceber que as suas formas de expressão produzem reações no outro de maneira comunicativa e, também, afetiva. Dessa forma, a afetividade é um dos fatores que impulsiona o desenvolvimento da comunicação interpessoal da criança.
Alguns pesquisadores estudaram fatores de risco e proteção para atraso de linguagem, entre os fatores de PROTEÇÃO estão os suportes sociais e ambientais oferecidos ao bebê (como cuidadores conversarem com frequência, oferecerem oportunidades de brincadeiras e serem responsivos, entre outros) e as habilidades próprias do bebê (habilidades não verbais cognitivas no inicio da infância e temperamento sociável).
Brincadeiras para estimular a linguagem do bebê
Como o bebê percebe o mundo e aprende através dos sentidos, é importante realizar brincadeiras e atividades que envolvam as questões sensoriais. O bebê imita o outro e, posteriormente, utiliza isso como uma forma de se expressar. Começa por gestos e depois passa para habilidades corporais, expressões faciais e habilidades motoras orais (onde entra, entre outras coisas, a vocalização e a fala em si).
Como incluir esse estímulo no dia a dia?
– Converse com o bebê durante as atividades de rotina fazendo contato visual, usando expressões faciais, variação no tom e ritmo da voz.
– Brinque de vocalizar sons diferentes, relacionados ou não ao sons dos fonemas, mas sempre espere pela resposta, dando a vez de “fala” para o bebê.
– Mímicas orofacias = caretas! Divirta-se fazendo caras e bocas.
– Deixe o bebê escolher com o olhar ou apontando que o interessa.
– Faça movimentos nas partes do corpo nomeando também para o bebê conhecer a sua própria mãozinha, pezinho…
“É na brincadeira e interação que a criança vai imitar sons e gestos, e a imitação precede a execução da ação. É também onde vai aprender a se expressar. O brincar vai ser um meio para auxiliar no desenvolvimento de inúmeras questões na vida de uma criança”, conclui Ana Battezini, fonoaudióloga da Nasce Criança.
Sempre lembrando o que importa mais não é apenas a quantidade de tempo que se passa interagindo (desde que com frequência), mas sim que o tempo dedicado à interação seja feita com atenção e disponibilidade.
Fonte: Nasce Criança
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