Pesquisadores britânicos coletaram dados através de mais de 900 visitas a instituições de ensino e de assistência social que retomaram as atividades presenciais em setembro deste ano.
A maioria das crianças regrediu em algum aspecto do desenvolvimento durante quarentena, de acordo com relatório do órgão de regulação e inspeção educacional do Reino Unido (Ofsted) publicado na terça-feira (10). O estudo foi baseado em mais de 900 visitas a instituições de ensino e de assistência social que retomaram as atividades presenciais no país em setembro deste ano.
Segundo os pesquisadores, algumas crianças esqueceram habilidades como comer com garfo e faca e utilizar a privada ou o penico ao invés das fraldas e voltaram a apresentar dificuldades de leitura e matemática que já haviam superado. As crianças mais afetadas pela quarentena, de acordo com o levantamento, foram aquelas no ensino infantil com pais que trabalham, que "experimentaram o duplo golpe de menos tempo com os pais e menos tempo com outras crianças", disse, em nota, a inspetora-chefe Amanda Spielman. Entre as crianças mais velhas, as principais dificuldades apontadas pelos pesquisadores na volta às aulas presenciais foram regressão em matemática e leitura, problemas de concentração, ganho excessivo de peso e sinais de sofrimento mental, percebidos pelo aumento de casos de transtornos alimentares e automutilação.
Embora a maioria das crianças tenha tido dificuldades de aprendizado esse ano, o relatório afirma que é importante não generalizar. “Parte dos pequenos, teve a oportunidade de passar tempo de qualidade com os pais e responsáveis e lidou bem com a situação, não apresentando nenhum tipo de regressão”, afirma Spielman.
Fonte: https://abcnews.go.com/Lifestyle/wireStory/report-children-lose-basic-skills-virus-restrictions-74125367
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